A gravata de fecho
No século XVII, alguns reis, como Luís XIV, tinham seus próprios "gravateiros". Estes eram responsáveis por produzir gravatas para reis e também dar-lhes consultoria de moda . As pessoas que não tinham dinheiro para ter seu próprio "gravateiro" ou que não tinham tempo para dar o nó usavam gravatas com fecho atrás. Até hoje este tipo de gravata existe, usadas por pessoas que não sabem dar nó, ou que não têm tempo para fazê-lo. Os que preferem gravatas mais puristas condenam totalmente o uso destes modelos.
As guerras, as revoluções e as gravatas.
Antigamente, os príncipes guerreiros usavam suas gravatas de modo displicente nas batalhas, pois não tinham tempo para arrumá-las. Eles apenas enrolavam-nas no pescoço, sem dar nó nenhum. Esta maneira de vestir se tornou moda entre as mulheres daquela época, que as usavam para ficar mais elegantes a atraentes.
Durante a Revolução Francesa, as pessoas pararam de usar gravata pois achavam que isso era algo característico da aristocracia. Os sans cullote eram chamados também de sans cravate. Os líderes da revolução, no entanto, não abandonaram suas gravatas. Robespierre, por exemplo, jamais saía de casa sem uma gravata no pescoço.
Gravatas e o clima
Um fator interessante ajudou bastante a difundir o uso da gravata na Europa. No século XVII, um fenômeno climático baixou bastante a temperatura daquela região. Como a gravata ajudava a manter aquecida a região do pescoço, seu uso se tornou mais freqüente ainda.
As gravatas e a postura
Os novos tipos de gravata que foram surgindo nos séculos XVII e XVIII eram desconfortáveis e obrigavam as pessoas a ficar muito tempo em posturas eretas, o que as cansava, mas as tornava muito mais elegantes.
Rebeldes sem causa e suas gravatas
No início dos anos 1770 o macarrão italiano era introduzido em Londres. Os rapazes de família rica, que viajavam sempre à Italia, usavam gravatas gigantescas, com muitos penduricalhos, consideradas feias e piegas. Eles eram chamados de macaronis. Pouco depois surgiram os incroyables, que usavam gravatas ainda mais estapafúrdias que as dos macaronis. Os incroyables são considerados por muitos os precursores das maneiras esdrúxulas de se vestir, como em nossa época fizeram hippies e punks.
Brummel, o herói
Contrariando a moda dos macaronis e dos incroyables, um homem chamado Brummel começou a tornar pública sua indignação com eles. Ele levava até seis horas para se vestir, escolhendo peças e se arrumando. Sua vida foi contada em peças de teatro e filmes. Brummel morreu na ruína, tendo que usar gravatas pretas, já que não tinha dinheiro suficiente nem para lavar suas gravatas brancas.
Mulheres de gravata
Antigamente era moda entre as mulheres o uso de gravatas. Mais recentemente, algumas feministas reviveram isso, com o intuito de demonstrar sua capacidade perante os homens. Isso depois foi abolido, já que as mulheres não queriam igualar-se ao homem. Queriam mostrar-se tão boas quanto eles, sem no entanto imitá-los.
Coleção de gravatas
Hoje em dia, há pessoas que possuem coleções enormes de gravatas. Para elas, a gravata é algo comunicativo. O Sr. Charles Leeman tem mais de mil e novecentas gravatas, e nunca usou uma mais de uma vez. Sua coleção engloba gravatas de diversas estampas e materiais, cada uma para ser usada em um tipo específico de ocasião.
As gravatas na mídia
Há também publicações especializadas em gravatas, que variam seus temas, mas sempre os relacionam às gravatas, ou então escrevem sobre grandes personalidades e suas respectivas gravatas.
Gravata também é arte
Muitos estilistas famosos criam gravatas para suas coleções. Alguns artistas criam novas texturas, novos looks, criam exposições de gravatas. Pode-se dizer que hoje em dia há um "mundo artístico" girando em torno das gravatas.
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